Inflação: melhor que previsão anterior, diz diretor do BACEN
Bruno Serra, chefe de política monetária do Banco Central, afirmou (12) que o resultado da meta de inflação para 2020 de 4,5% (acima do centro da meta) é “significativamente” melhor do que o nível de inflação 2. Em setembro do ano passado, o Banco Mundial previa 1%. A meta esperada é uma taxa de inflação de 4%. Na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 4,52% no ano passado.
Depois da tempestade, a recuperação?
Para dizer o mínimo, 2020 foi um ano desafiador. É inegável que a pandemia causada pelo novo coronavírus causou e continuará impactando todos os setores da sociedade em todo o mundo. Economicamente, grandes mudanças ocorreram, desde o incentivo às pequenas empresas e até mudanças legislativas para manter os brasileiros trabalhando e ganhando.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que a economia mundial caiu 4,5% em setembro, enquanto no Brasil o percentual atingiu 6,5%. Para 2021, podemos ver que a situação do país é mais otimista, o principal motivo para o aumento de 3,6% é a chegada de vacinas.
Mercado imobiliário
Esse otimismo foi torturado pela pandemia, mas verifica-se que este é um porto seguro financeiramente: estamos falando do mercado imobiliário. Um dos principais motivos é, sem dúvida, a taxa Selic historicamente baixa, que permanece em 2%.
Agora, se a maioria das pessoas não compra imóveis com dinheiro vivo e precisam de uma linha de crédito para investir em habitação, as taxas de juros mais baixas ajudarão muito o mercado.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) em novembro, o saldo dos financiamentos imobiliários atingiu o recorde de quase 700 bilhões de reais em outubro de 2020.
No mesmo mês, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) registrou outro recorde, ao financiar 45,5 mil imóveis por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Isso equivale a 13,86 bilhões de reais.
A Associação Brasileira das Incorporadoras de Imóveis (Abrainc) revelou em dezembro que as vendas no terceiro trimestre de 2020 foram melhores que no mesmo período de 2019, um aumento de 39,7%.
Só em setembro daquele ano, foram vendidas cerca de 13.500 unidades, a maior venda desde maio de 2014. Portanto, nesse período, a indústria teve um desempenho mais positivo no mercado de trabalho.
Ainda segundo o IBGE, mas em outra pesquisa relacionada ao Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2020, o PIB da construção civil no terceiro trimestre de 2020 aumentou 5,6% em relação ao segundo trimestre.
Após esclarecido tudo isso, é necessário destacar a força do mercado imobiliário e os motivos de otimismo para 2021?
Sim, está tudo sob controle.
Em uma situação completamente caótica e insalubre, a indústria da construção civil não apenas permaneceu quase ilesa, mas também experimentou um crescimento inesperado. Muitas pessoas querendo sair do aluguel e aproveitando os juros baixos.
Por fim, torcemos, é claro, para que 2021 seja inspirador e traga a evolução contínua para que tenhamos muito mais a conquistar e entregar a partir daquilo que o mercado demanda. A confiança segue firme e forte.