A Construtora Fontana recebeu uma boa notícia no início do calendário escolar deste ano. A empresa, que em outubro de 2004 implantou o projeto “Erradicação do Analfabetismo na Construção Civil”, conseguiu eliminar o analfabetismo do quadro de funcionários. Mesmo sendo uma área que não exige estudo ou formação, hoje todos os funcionários da Construtora Fontana sabem ler e escrever. A empresa incentivou seus colaboradores a estudarem cedendo materiais escolares e pagando a matrícula dos interessados.
Para o engenheiro Fábio Steiner, gerente de logística da Construtora Fontana e coordenador do projeto, 12 funcionários que não sabiam ler e escrever hoje se sentem mais útil, graças aos projeto que foi realizado em parceria com o CEJA ? Centro de Educação de Jovens e Adultos onde os mesmo iniciaram a aprendizagem. “A auto-estima desses colaboradores aumentou significativamente. Hoje eles vão receber o seu salário e não precisam mais pintar o dedão, porque sabem assinar o seu nome. Além disso, podem auxiliar seus filhos nas tarefas escolares e também já sabem ler qual ônibus pegar”, conta Steiner.
Para o diretor-presidente da Construtora Fontana, Olvacir Bez Fontana, a alfabetização dos colaboradores refletiu diretamente no desempenho profissional deles nas obras. “Eles se sentem incluídos. Sabem que agora podem ler e escrever e isso é considerado uma grande vitória, um grande prêmio”, explica Fontana destacando que a Construtora Fontana também considera isso uma vitória, uma vez que a Construção Civil sempre concentrou essa mão de obra e que com este incentivou conseguiu eliminar. Para ele, a implantação do projeto de erradicação do analfabetismo faz parte do compromisso social que a empresa possui em melhorar a qualidade de vida das pessoas. “Além desse programa a nossa Construtora possui também, há três anos, o projeto “Geração.Com Fontana”, que em parceria com a Abadeus, ensina as pessoas dos bairros aos arredores do Cristo Redentor a aprender informática além de um trabalho especial direcionado aos colaboradores para melhor o seu dia-a-dia, seja na obra ou mesmo em casa”, comenta Fontana.
NOVA VIDA
Para o pedreiro Antônio da Rosa, 38 anos, as aulas é a realização de um sonho. “Agora já posso sentar junto aos meus filhos para ensiná-los alguma coisa”, orgulha-se. Já José Carlos Cândido, de 39 anos, avalia a oportunidade como positiva “Aprendi aqui e desenvolvo melhor meu trabalho na construtora”, diz o pedreiro, lembrando que isto está sendo motivo de orgulho para seus filhos.